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(Les explorations des portugais. Paris, 1893, pag. 20) o
qual desejaria fazer-nos admittir que D. João II «en mon-
«tant sur le trône, ayant creéé à Lisbonne une école de ma-
xthematiques, il fit venir de Nuremberg un élêve de Regio-
«montanus, Martin Behauim, à qui échut le rôle dévolu jadis
«à Sagres à Jacques de Majorque».
Deixamos ao criterio dos leitores o apreciar até que
ponto opiniões d'esta naturesa se podem coadunar com o que
se conhece de Behaim e da historia portugueza no reinado
de D. João II.
It
Behaim, Cavalleiro da ordem de Christo
Ha, nos archivos da familia de Behaim, um memorandum
que não foi escripto por este ultimo, mas evidentemente se
baseou em informacões recebidas d'elle, dizendo o seguinte':
«Ãos 18 de fevereiro de 1486, Martim Behaim de Nuremberg foi
xarmado cavalleiro em a Igreja de S. Salvador das Albassovas (Alcaço-
«vas) em Portugal, depois da missa matinal, pela mão do muito poderoso
«Senhor Rei D. João 1I de Portugal, rei dos Algarves, de Africa e de Guiné,
«E seu padrinho foi o mesmo Rei que lhe cingiu a espada; o Duque de
«Beja foi o segundo, e lhe calçou à espera direita ; o terceiro foi o pardo
«Christovão de Mello, primo VEI-Rey, que lhe calçou à esquerda; o quarto
«padrinho foi a conde Fernão Marlins Maskarines (Mascarenhas), que lhe
1poz uv morrião, e lho armou ; e El-Rey que lhe accolheu cavalleiro : islo se
«passou em presenca de todos os principes e Cavalleiros e da Rainha »
Diz Sebastião Francisco de Mendes Trigoso*: «as circum-
stancias de tal diploma são, de todo, inverosimeis», mas
não contestamos, se Behaim foi effectivamente nomeado ca-
valleiro de Christo, como o admittem todos os seus biogra-
phos allemães, invocando o retrato d'elle, conservado, na sua
familia, que o representa com a armadura completa, porem,
sem a cruz desta ordem.
Alfóra isto, não são, de modo algum, inverosimeis as cir-
cumstancias mencionadas no referido memorandum.
1 Murr, pag. 132,
2? Mem. da lil, portugueza, vu, pag, 377, onde cita o documento acima trans-
cripto mas incorrectamente
