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astronomos, sendo porém novo para os pilotos embarcados 
nos navios do rei. Para a sua applicação, tornava-se pois ne- 
cessario formular regras simples e obter um instrumento 
de observação, cujos resultados fôssem seguros, mesmo 
quando empregado a bordo de um navio em instabilidade. 
Admittimos, como João de Barros, que este problema foi sub- 
mettido pelo rei aos seus sabios physicos Rodrigo e José 
(Josepo) aos quaes é muito possivel ter-se juntado D. Diogo 
Ortiz de Vilhegas, de Calçadinha, em Leon, que veiu a Por- 
tugal para a direcção espiritual da «Excellente Senhora D. 
Joanna» e não tardou a grangear todo o favor de D. João II. 
Não olha muito para a propriedade dos termos quem assim 
chama a estes homens, occasionalmente consultados pelo rei, 
junta dos mathematicos, junta cuja existencia não é mais 
admissivel do que: a de uma Escola em Sagres ?. 
O mestre Rodrigo era physico-mór do rei sobre quem 
tinha grande ascendente, como se deprehende da Epistola 
publicada, em Lisboa, por Cataldus d'Aquila, em 1500. O 
mestre José não póde, evidentemente, deixar de ser José 
Visinho. Este foi discipulo do notavel astronomo Abra- 
ham-ben-Samuel Zacuto, de Guimarães, até 1492, profes- 
sor de astronomia e mathematica na universidade de Sa- 
lamanca, d onde veiu a Portugal por convite de D. João, 
sendo nomeado astronomo real. E' o auctor do almanach per- 
petuum eclestium moduum, cujus vadix est 1478, obra eujo 
original é em hebreu e que foi traduzida para latim por 
José Visinho sendo primitivamente publicada em Leiria 
em 1496º*. Este almanach continha taboas de declinação 
do sol, convenientemente dispostas para uso dos nauticos, 
eximindo assim os portuguezes de se servirem das Ephe- 
merides de Monte Regio e das complicadas Tuboas Affon- 
sinas. 
O mestre José não era, porém, um simples theorico por- 
1 Foi succesivamente nomeado bispo de Tanger, Ceuta e Vizeu, occupou, desde 
1494, o cargo do capellão mór e assistiu, em 29 de setembro de 1495, á morte de 
D., João 11. Morreu em Almeirim em 1519 (Paiva Manso. Historia ecclesiastica, 
Lisboa, 1872, T, pag. 40). 
? Sousa Holstein, 4 escola de Sagres, Lisboa, 1877. 
3 Para a resenha d'esta obra, víidê: A. Ribeiro dos Santos, Mem. de Litteratura 
Port, 2.º ed., XII, pag. 46; Luciano Cordeiro, Bol. da Suc. de Geogr. de Lisboa, 
18683, pag. 163: o nosso estudo sobre Vasco da Gama. 1898, var, 168.
	        
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