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anno concordam perfeitamente, *Tambem é mencionado o anno de 1507 n'um
los relratos em posse da familia. Murr (pag. 124) interpreta, como indicando
1506, a inscripção, sendo esta realmente «Obiit à MDYVI, Lisabonue», (al
romo a communicou ao Baron Humboldt, pessoa de todo o credito no serviço
dos Behaim 1,
Por outr> lado, wuma legenda inscripta no globo de Behaim, evidente-
mente posthuma, diz-se que «eMartinus Behamus de'xou esta vida em Lisboa,
tem 2) de julho, anno domini 1506», :
Na opinião de Ghillany e de Murr, 1506 é a verdadeira dala, por suppôórem
que Martim já não existia quando o irmão escreveu à carta acima citada de
janeir)> 1507. Não comporta, porém, esta carta tal interpretação e acatamos o
narecer de Wieser (Magelhaens Strasse, pag. 51) e S. Ruge (Petermann,
Mitleilungen, 1890, Let, N.º 1:680), para quem o mais provavel é ter occor-
ido o obito em 1507.
O filho de Martim Behaim
Foi em 6 de abril de 1489, que nasceu Martim, o filho
unico de Maruim Behaim?. Não houve outros filhos, não
existiu um irmão segundo, como pretendia Fructuoso, nem
irmã alguma. As indagações a que procedeu Jorge Pock,
por parte dos parentes de Nuremberg, não deixam sombra
de duvida sobre este ponto?.
À mãe, tendo enviuvado, tornou a casar. Sobre isto, es-
creveu o filho: «que, ao falecimento de meu pal, ser muito
«moça a ficar assy à cassareo meus parentes a hum cava-
dleyro na ilha da Madeira onde ora está de saude € ySsO
«pelo costume de cá averem por bem cassar as mulheres
“que moças fican”».
O joven Martim conservou-se, ou na Madeira, com sua
mãe, ou em Lisboa, na casa de sua tia D. Izabel. Serviu de
segunda mãe ao seu joven sobrinho esta senhora, qualificada
por Jorge Pock, que se encontrou com ella em muitas occa-
siões, como uma das mais honradas e virtuosas mulheres
existentes em Portugal. Nada sabemos sobre a infancia e
educação d'elle. Provavelmente viveu na ociosidade,
LU Krit, Untersuchungen 1, pag, 230,
! Ghillany, Urkunde xvU, pag. 113
' Ghillany, pag. 116.
* Ghillany, Urkuude x, pag. 108.